Saudade do tempo que palavra de ministro valia.

Já teve tempo que palavra de ministro era palavra de respeito.

Que se o seu ministro dizia que algo ia acontecer, era porque ia acontecer.

Bom esse tempo já passou.

Imagine que nem palavra de presidente vale mais. Ou será que só eu ouvi o Lula falar em criar 12 milhões de empregos, do "Fome Zero", do "Primeiro Emprego" que ate na ultima informação que vi, tinha a inimaginável soma de 1000 empregos gerados. Mostrando-se a solução para o desemprego no Brasil.



Mas voltando ao ministro, mais exatamente o ministro Hélio "Fantástico" Costa, das telecomunicações. Há três semanas atrás, me aparece nas tevês e jornais do Oiapoque ao Chui anunciando a tão aguardada e prometida noticia dos últimos tempos nos lares brasileiros.

A chegada dos receptores de tv digital a "preços populares".

O anuncio dos aparelhos de 199.00 a 299.00 reais, foi noticia em toda a imprensa, assim como foram às afirmações do ministro Costa no lançamento da TV digital no ano passado, que haveria aparelhos a 100 dólares (cerca de 158 reais atualmente). Outra declaração e que ao aprovar a tecnologia japonesa, o Brasil receberia como contra parte do Japão, uma fabrica de semi condutores (item chave na fabricação de chips de computador).

Bom todos que se interessaram pela tecnologia digital já sabem que, ate agora só havia receptores entre 499 e 1000 reais (ou seja, cerca de 315 a 630 dólares) bem distante dos preços imaginados pelo seu ministro.

E a tal fabrica de semi condutores, bem essa nem em sonho...

Bom como eu já citei, o ex-jornalista do Fantástico e ex-governador. Disse que na terça feira seguinte estaria nas lojas o tal receptor da marca Proview aos tais 199 reais. Bem na terça lá estava eu a procurar nos hipermercados citados como os primeiros a receber o dito cujo. Hoje, segunda feira quatro de agosto, continuo a procurar o tal aparelho.

São no mínimo três semanas de atraso.

Moral da historia: continuo a ver tevê com a antena com Bombril na ponta, e vendo uma porção de fantasmas, tão fantasmas quanto os aparelhos e fabricas dos sonhos (ou seriam pesadelos) do ministro Costa.