sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Deu no jornal: Uso de banda larga cresce 48% em 1 ano

JULIO WIZIACK
Folha de S. Paulo
21/8/2008

País rompe a marca de 10 milhões de conexões de alta velocidade, patamar antes previsto para ser atingido em 2010

Agora meta é de 15 milhões de conexões em 2010; ofertas de acesso pela rede das operadoras móveis é o motor desse crescimento

Os brasileiros derrubaram todas as previsões dos analistas de mercado. Há cinco anos, estimava-se que o total de conexões à internet rápida (banda larga) não chegaria a 6 milhões. Dois anos depois, a previsão indicava que a saturação ocorreria em 2010, com um total de 10 milhões de conexões. Essa marca foi batida em junho deste ano, quando o país somou 10,04 milhões de conexões, um crescimento de 19,5% sobre o trimestre anterior. Entre junho de 2008 e junho de 2007, o aumento foi de 48,3%.
"Não existe mais essa história de saturação", diz Pedro Ripper, presidente da Cisco do Brasil, empresa americana que vende equipamentos para as redes de telefonia e acesso à internet e que faz o levantamento trimestral dos acessos. "O Brasil apresenta um resultado espantoso em comparação com outros países emergentes, e nossa estimativa é a de que o total de conexões até 2010 deva atingir 15 milhões. Isso caso as operadoras móveis não lancem produtos pré-pagos de acesso à internet. Com um produto desse tipo, que está em estudo neste momento, o crescimento será muito mais rápido."
A participação das operadoras de celular, que vendem soluções de acesso remoto à internet por chips específicos acoplados a computadores ou notebooks, foi o motor da expansão da banda larga. Há um ano, as conexões móveis não chegavam a 250 mil, número que saltou para 1,3 milhão em junho deste ano, alta de 464%.
As vendas foram tão boas que houve escassez. Segundo as próprias operadoras, esse mercado foi subestimado. Faltou investimento em rede, e também esgotou-se a oferta dos chips destinados a esse tipo de produto. Analistas de mercado estimam que, nos últimos seis meses (quando começou a escassez), as operadoras tiveram de desembolsar cerca de US$ 1 bilhão no aumento de capacidade de sua rede. Os fabricantes de chips também tiveram de dar mais atenção ao Brasil. Espera-se que, a partir de setembro, as vendas sejam normalizadas.
Esse potencial de consumo dos brasileiros pela rede móvel é tão grande que as operadoras estão preocupadas. Há cerca de um mês, o presidente da Claro, João Cox, cogitou, em fórum do setor de telecomunicações, a possibilidade de uma pane na rede da operadora (e também na de suas concorrentes) por uma explosão do consumo. Segundo ele, todo o setor subestimou esse consumo. Ainda segundo ele, esse é um "bom problema" resolvido com investimentos e até aumento das faixas de freqüência.
Atenta a essa situação, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) estuda formas de reunir faixas de freqüência ociosas no país para que possam ser vendidas futuramente.
Isso porque, nas contas da agência, o crescimento da internet rápida será maior após a aprovação do novo marco regulatório do setor. Nele está prevista a universalização da banda larga pelas operadoras. As estimativas apontam que, em 2015, o Brasil estará em igualdade com países vizinhos, como a Argentina e o Chile que têm, proporcionalmente, mais habitantes conectados.
Outro avanço registrado no país foi o aumento da velocidade das conexões. Apesar de a maior parte dos internautas usar acessos discados (com velocidades baixas), de junho de 2007 a junho de 2008, a participação dos internautas que navegam com mais velocidade (acima de 1 Mbps) subiu 26,6%, passando de 25,9% para 32,8%.
materia da Folha no site da:
http://clipping.planejamento.gov.br/Noticias.asp?NOTCod=451790

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