sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Mundo Blogs: Como um clipe de papel virou uma casa

Como um clipe de papel virou uma casa 
Por Juliana Rocha São Paulo, 01 (AE) - No Canadá, uma casa mobiliada com três quartos e jardim custou um clipe de papel vermelho a Kyle MacDonald. 

 A saga, que durou um ano e 14 trocas e é contada em livro e no blog www.oneredpaperclip.blogspot.com, acaba de ganhar mais um capítulo: MacDonald decidiu negociar seu imóvel nos moldes que o conquistou. "Decidi que era hora de começar uma nova aventura. A casa fica em Saskatchewan, na região central, e eu e minha mulher Dominique queríamos viver mais perto de nossa família em Quebec, a Leste."

MacDonald garante não ter nenhum objeto ou propriedade em mente, portanto, mesmo que você tenha só um clipe pode arriscar a sorte. "Já recebi algumas propostas e as estou analisando, mas o próximo passo ainda é segredo. Desculpe-me."
Toda essa história começou em 2005, quando MacDonald, desempregado e pressionado por mais uma cobrança do aluguel do apartamento onde morava, resolveu tentar a sorte aliando a internet a uma brincadeira de infância conhecida como "Maior e Melhor". "Conseguir uma casa dessa maneira não me parece impossível mesmo sem a internet, mas certamente seria muito difícil repetir o feito na mesma velocidade", pondera.

Dois dias depois de publicar a foto do clipe no blog, MacDonald viajou a Vancouver para trocá-lo por uma caneta em forma de peixe. Mais dois dias se passaram até outra troca, por um puxador de gavetas com uma careta entalhada. Em 25 de julho, aconteceu a primeira virada, com a aquisição de um fogareiro e um litro de combustível. MacDonald esperou dois meses até a troca seguinte por um gerador elétrico. E outro mês até o "kit festa", composto por um letreiro luminoso e um barril da cerveja Budweiser. Em 1º de dezembro, o jogo ultrapassou a internet e ganhou a grande mídia. Michel Barrette, apresentador de um programa de rádio em Quebec, se interessou pela idéia curiosa do conterrâneo e ofereceu uma moto de neve pelo "kit festa". O momento da troca foi transmitido pela CNN e MacDonald ganhou as páginas do "The New York Times" e "Guardian", além de espaço na BBC e na Fuji TV, no Japão. O canadense também apareceu por aqui, no portal do "Estadão" (http://tinyurl.com/kyle-clipe).

As aparições na TV comandaram as trocas seguintes. Depois de uma piada em um talk show no qual disse que só havia um lugar no mundo aonde não iria para concretizar uma troca, MacDonald recebeu justo uma proposta da tal cidade, Yahk, na fronteira do Canadá com os EUA. Por posar para fotos para a imprensa com uma camiseta da Cintas, recebeu a oferta de um caminhão-baú pela viagem a Yahk. O caminhão interessou a um estúdio, que o barganhou por um contrato de gravação.

O contrato atraiu a atenção de Jody Grant, uma música indie americana, que o trocou por um ano livre de aluguel em um duplex no centro de Phoenix. Então, a vizinha de Jody, que trabalhava no restaurante do roqueiro Alice Cooper, convenceu o patrão a passar uma tarde com um fã, para se livrar da cobrança mensal de seu apartamento. E um fã felizardo satisfez seu desejo em troca de um globo de neve da banda Kiss. "‘Você está maluco?’, me perguntavam", lembra MacDonald sobre um dos lances mais arriscados.

Acontece que o globo de neve era o item de coleção que faltava ao ator Corbin Bernsen. Ele negociou seu papel em um filme pelo bibelô. E aí, MacDonald conquistou seu lar: o prefeito de Kipling, no Estado de Saskatchewan, no Canadá, ofereceu uma casa na avenida central da cidade pelo papel em Hollywood. A história cinematográfica de MacDonald (que rendeu um livro) ainda esbarrará com os grandes estúdios mais uma vez: os direitos de contá-la foram comprados pela Dream-Works, mas ainda não há detalhes sobre a produção.

Do Estadão

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